quarta-feira, 29 de abril de 2015

Quando o tio patriarca da minha Heloise mandou me capar, entendi: vida é dor.

Mas que dor? - posso perguntar em voz endemoniadamente gutural e tão pouco interrogativa que já mostra uma sugestão de resposta.
Mas o que da dor? - posso perguntar com olho faiscante de quem dança frevo desde os 6 anos e acabou vestir fantasia nova.
Mas que força é dor? - posso perguntar com o tom tão obviamente retórico da parteira que sabe que a resposta é só um empurrão.
Duvida? - posso perguntar guimarães-roseanamente pra aranha que fica atrás do armário.