sábado, 28 de fevereiro de 2009


Sou amiga da aversão,
só ela me protege do céu limpo e chato
e me empresta outra versão.


Um comentário:

Anônimo disse...

Decerto só estes rodopios permitem o deslindar de superfícies cruas e cotidianas...
Beineberg, o famigerado aluno carrasco do livro de Robert Musil, chamou este movimento que lança a nós todos no olho do furacão da existência, como "O Mal Saltitante", aquela "velha necessidade de fazer despertar a sensação de que a vida desliza sob um segredo sempre a ser superado. No momento em que conseguimos realizá-la por completo, estamos tão próximos da morte quanto da vida.".
Para mim,um dos conceitos mais fundamentais e apavorantes que minha retina pôde ler numa página. Tão fundamental por um lado para permitir a livre circulação de ar nos pulmões, tão estranho por outro, na medida em que atentos aos infinitos infinitos, talvez possamos nos perder para sempre num canto,sem apoio algum para o braço...
Enfim, desculpe-me as elucubrações densas mais uma vez,prezada flora.

Um abraço.