- Às vezes, mas geralmente eu moro no entretempo. [só lá é onde eu tenho tempo de não matar tempo]
2 comentários:
J-Chist
disse...
Vida/tempo (Viviane Mosé)
Quem tem olhos pra ver o tempo? Soprando sulcos na pele soprando sulcos na pele Soprando sulcos?
O tempo andou riscando meu rosto Com uma navalha fina. Sem raiva nem rancor O tempo riscou meu rosto com calma.
Eu parei de lutar contra o tempo. Ando exercendo instante. Acho que ganhei presença. Acho que a vida anda passando a mão em mim. Acho que a vida anda passando. Acho que a vida anda. Em mim a vida anda. Acho que há vida em mim. A vida em mim anda passando. Acho que a vida anda passando a mão em mim
Por falar em sexo quem anda me comendo É o tempo. Na verdade faz tempo, mas eu escondia Porque ele me pegava à força, e por trás. Um dia resolvi encará-lo de frente e disse: Tempo, se você tem que me comer Que seja com o meu consentimento. E me olhando nos olhos. Acho que ganhei o tempo. De lá pra cá ele tem sido bom comigo. Dizem que ando até remoçando
2 comentários:
Vida/tempo
(Viviane Mosé)
Quem tem olhos pra ver o tempo?
Soprando sulcos na pele soprando sulcos na pele
Soprando sulcos?
O tempo andou riscando meu rosto
Com uma navalha fina.
Sem raiva nem rancor
O tempo riscou meu rosto com calma.
Eu parei de lutar contra o tempo.
Ando exercendo instante.
Acho que ganhei presença.
Acho que a vida anda passando a mão em mim.
Acho que a vida anda passando.
Acho que a vida anda. Em mim a vida anda. Acho que há vida em mim. A vida em mim anda passando. Acho que a vida anda passando a mão em mim
Por falar em sexo quem anda me comendo
É o tempo. Na verdade faz tempo, mas eu escondia
Porque ele me pegava à força, e por trás.
Um dia resolvi encará-lo de frente e disse: Tempo, se você tem que me comer Que seja com o meu consentimento. E me olhando nos olhos. Acho que ganhei o tempo. De lá pra cá ele tem sido bom comigo. Dizem que ando até remoçando
"O tempo acaba o ano, o mês e a hora
O tempo acaba o ano, o mês e a hora,
A força, a arte, a manha, a fortaleza;
O tempo acaba a fama e a riqueza,
O tempo o mesmo tempo de si chora;
O tempo busca e acaba o onde mora
Qualquer ingratidão, qualquer dureza;
Mas não pode acabar minha tristeza,
Enquanto não quiserdes vós, Senhora.
O tempo o claro dia torna escuro
E o mais ledo prazer em choro triste;
O tempo, a tempestade em grão bonança.
Mas de abrandar o tempo estou seguro
O peito de diamante, onde consiste
A pena e o prazer desta esperança.
(Luís de Camões)"
E o que dizer de nosso "peito de diamante" nos atuais dias?
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