na hora do pesadelo
entre sono e vigília, a distância da realidade pra ficção
a gente poderia estar à mercê de um Deus enganador ou de um malin génie, que nos fariam errar justamente quando temos certeza? e se existe um uma contra-lógica que faz toda lógica universal sem sentido e 2 + 3 não fizerem 5? e se à certeza subjetiva, sustentada pela evidência, não correspondesse uma realidade objetiva, perfazendo a adequação que parece indispensável à verdade? e se essa certeza nos prende em nós mesmos, alucinados? e se o grande erro - suprema malícia - é o homem acreditar no meio-dia da razão que lhe revela objetos inteligíveis, banhados por uma luz puríssima, sem qualquer vestígio de sombra, mas completamente irreais? e se a luz azul linda e brilhante a que nos entregamos, fascinados, é uma máscara irônica e maldosa?
- Fácil, o que importa é o que a gente faz com aquilo de que foi persuadido. Então olha o menu e escolhe qualquer coisa legal pra acreditar.
5 comentários:
Será que podemos escolher no que acreditar?
Acho que a realidade é quem nos acredita.
Pobre Descartes, descartou tudo e ficou só com o que há de mais falso.
O eu que pensa.
Torço pras coisas legais me escolherem.
eu uso drogas ;)
nada a declarar ( uma clarão nas idéias)
e ainda tenho poderes mágicos..
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