"cotidianos", respondi. E ela, no regozijo muito dentro de quem entendeu a gargalhada do cosmos, repetiu "Cotidianos!".
terça-feira, 23 de novembro de 2010
domingo, 21 de novembro de 2010
Penso na minha decepção e me lembro, bucólica, de como eu era mais nobre antes, mais humilde.
o tempo me germinou orgulho para combater a ingenuidade insegura.
agora, preciso aprender a percorrer o círculo vicioso, que é prele virar virtude.
pena é que, até lá, já estou num caminho pouco virtuoso: velhice é idealizar a juventude.
o tempo me germinou orgulho para combater a ingenuidade insegura.
agora, preciso aprender a percorrer o círculo vicioso, que é prele virar virtude.
pena é que, até lá, já estou num caminho pouco virtuoso: velhice é idealizar a juventude.
sábado, 20 de novembro de 2010
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
e num de novo, os projetos são compridos
[jung yeon min]
é que cismei que queria cortar o cabelo e, na falta de tempo ou propósito, não cortei: problema.
agora passo a mão no cabelo, sinto cheiro do comprido e como pão de frustração.
mas era só cortar o cabelo.
"vou agora, já que é assim"
mas não é assim. "assim" é como se eu decidisse o irracional, como se eu escolhesse ser gentil com o que me sorri e entediada quando sem sono.
não, não corto o meu cabelo quando quero. não tenho direito à voz rouca quando quero soar grave.
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Num cochilado, sonhei com outra vida
Era ela num escuro da ditadura, com a minha idade, evelhecendo rápido os três anos de porão. "A dor me fez espezinhar os grãos de imaturidade" diria pra filha muitos anos depois, quando finalmente se percebeu dura demais.
Mas, naquela hora, olhava para a cadeira que deveria lhe obrigar a delatar os amigos. Os amigos, tentava se convencer, na verdade se perguntando, continuavam existindo do lado de fora? Os amigos pensados eram tudo o que existia de vida para se lembrar. Todo resto do tempo era medo da dor, que é medo da morte.
Depois disso, muitas coisas pareceram levianas.
Olhando para a cadeira, queria se convencer de que sairia dali. Mas ameaçou chorar de susto ou saudade, e fechou a cara; dizendo que era bobeira, que não podia.
/corta para festa de apuração: ela olha a bota que segura o pé torcido
Pisca muito e bebe água, sorri com esforço. Lembrar é dor, mas é também alegria de ver obstáculo pra trás.
[sim, o fim das eleições significa também o fim do recesso de críticas ao PT. mas, cansado, o discurso como presidente eleita foi importante e bonito. e a vida torta ganha cores de concretude. é assim que, antes da crítica, me sinto quente de orgulho dessa imperfeição bonita e reconheço a grandeza da vitória]
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