E, no entanto, lá vem de novo a Flora querendo olhar a vida de fora.
sexta-feira, 7 de junho de 2013
Como é que se dança,
pergunta o corpo, congelado. O fogo ouve e sabe a resposta, mas, por ser metade esquecida, já não lembra o ser fiat; vira só hesitação. Dinterminada a conversa, o dia me disse: Sou duas, que me olham. Uma, olhos de espera, criança, que tapeia o relógio por ânsia. Outra, olhos de ter visto, já velha, quignora sol e sombra por abundância. Depois café, cerveja e óleo. Laranja, saliva e mel. Sou Lênin, humor e lágrima. Sou Maia, faminta e mítica. Sou Hilda. A vida é líquida.
Ou: É que o sertão é a alma de seus homens, disse o homem Guimarães.
E eu, que mal e mal conheço o mar, não poderia chegar assim já olhando de frente o sertão: solo e sol mais amplo que o ar.