quinta-feira, 13 de junho de 2013

A vida é sol, diz o Sol.
A vida é criança, diz a Criança.

E, no entanto, lá vem de novo a Flora querendo olhar a vida de fora.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Como é que se dança,
pergunta o corpo, congelado.

O fogo ouve e sabe a resposta,
mas, por ser metade esquecida,
já não lembra o ser fiat;
vira só hesitação.

Dinterminada a conversa, o dia me disse:

Sou duas, que me olham.
Uma, olhos de espera, criança, 
que tapeia o relógio por ânsia.
Outra, olhos de ter visto, já velha, 
quignora sol e sombra por abundância.

Depois café, cerveja e óleo.
Laranja, saliva e mel.

Sou Lênin, humor e lágrima.
Sou Maia, faminta e mítica.
Sou Hilda. A vida é líquida.



Ou:
É que o sertão é a alma de seus homens, disse o homem Guimarães. 
E eu, que mal e mal conheço o mar, não poderia chegar assim já olhando de frente o sertão: solo e sol mais amplo que o ar.