sexta-feira, 21 de março de 2014

Ainda era verão e G conheceu H. 
Chegando em casa, queimou as suas tragédias e escreveu numa agenda de telefone: 
a maior parte do tempo vivemos o mesmo silêncio denso; – então o da obscuridade luminosa nos vinha: era a conversa sempre muda de todas as gerações.

Faltavam agora dois dias para o equinócio e G, decidida a seguir o caminho de H, passou a exigir de si a maior das tarefas: repensar todo o já pensado, eks archés like a virgin.


Mas, pois que chegou o outono e H custava a liberar espaço na cabeça de G, 

esta, por puro desespero, racionalizou: 
há um amor, talvez se possa aprender a amar. 
há um pensador: talvez se possa aprender a pensar.



3 comentários:

Anônimo disse...

Gostei.

Mas queria trocar G por F e H por G.

Folgado, ainda porponho outro final: queimadas as tragédias e tudo revisto, F convida G para um almoço e lhe conta o que vai na cabeça e nos cadernos.

Pois tudo o que mais enche o coração deste último é uma despretensiosa conversa sobre Filosofia (será que existe isso?), ele que é todo ouvidos para quem merece.

F certamente vale seu tempo, mas é tão difícil de conseguir sua atenção...

Na casca de limão disse...

haha, leoninos...

Anônimo disse...

Aquariano. Mas jacarés não acreditam nessas coisas.