quinta-feira, 10 de julho de 2014

sobre tempestades retas


ao mar o que é do mar: 
pra quem foge à terra presa 
eia
à deriva em alto-mar, outra cela

espelho d'água espelha lua
se o sangue esfria namplidão,
vive quem ouve a sereia?

não sou homem, mas não ouço,
tenho água nos ouvidos.
sobe desce lua mora,
sobrevive quem flutua.

4 comentários:

fernanda disse...

!

içar âncoras, maruja!

Na casca de limão disse...

acho que o problema é o contrário: fui jogar a minha âncora para parar de derivar em alto-mar, mas quando olhei, cadê a âncora?

quem não tem terra, nem âncora, caça com "limite" do mario peixoto.

Anônimo disse...

O velho átrio, seu peristilo, esses também sentem tua falta.
Apareça.

fernanda disse...

ué, foi isso, é levantar a âncora, ainda que arrebentada pra continuar navegando (as bússolas existem, viu?)