sexta-feira, 1 de maio de 2015


2 comentários:

Anônimo disse...

Só soube que fui ferido de morte depois que o amor passou,
a rotina mostrou seus dentes e rebentaram as febres de culpa.

É caso de viver doente ou procurar o verdadeiro golpe?
Já não creio em anestesiante definitivo.

Faço/fazem-me pequenos cortes, seus efeitos são de aspirina, água-de-laranjeira.
Duram o tempo de ler uns versos,
de pequenas conversas cortadas,
uns devaneios mais longos, e só.

Anônimo disse...

13:30, dicionários nas mãos,
lamentando umas lágrimas não vertidas por mim.
Lamentando que não tenham sido vertidas por mim.
Desnecessário procurar o verbete que vai aceso na cabeça:
*DESPEITO*.

16:25, mesa vazia,
lamentando não ter dito que a vida segue,
que sou alguém que se procura também,
que se pode procurar,
que deseja com grande intranquilidade.
Não há na mesa nada que se use
para alterar as impressões alheias,
Não há pensamento mágico
que crie outra feliz coincidência ao meio-dia,
nos próximos 6 meses, ou em 2 anos.