segunda-feira, 4 de abril de 2011

uma história da queda lenta

Foi antes o muito amassado no carro,
depois a mancha quase rosa no chão.


Mas só quando o plástico preto que cobria um corpo alto me apareceu do lado
é que o coração apertou.
E o dia foi não dando certo pouco a pouco:
fracassos cotidianos do lado dos tragedilouqüentes.


Mas no bendi das 15h33,
um cachorro morimbundo me apareceu pra mostrar:
não convém ignorar maus agouros.

Foi antes o muito amassado no carro, depois a mancha quase rosa no chão.
Mas só o plástico preto em cima do corpo alto-deitado é que apertou nó o coração.

E o dia foi não dando certo pouco a pouco: fracassos cotidianos do lado dos tragedilouqüentes.

Foi aí que, às 15h33, o cachorro morimbundo apareceu para granjear: não convém ignorar agouros,
não sempre.

2 comentários:

Na casca de limão disse...

tsc.
a primeira frase do meu horóscopo do dia que, claro, só li agora, é "alerta vermelho".

Camila Oliveira disse...

"também esta noite passará" - diz-se.