segunda-feira, 19 de setembro de 2011

                                                                                                  por porta aporta ou "entre os frisos da chave"  

[Malika Favre]


No acaso e no sem plano, estava dia 11 com a quase-família, proseando a tarde clara. É que a irmã da amiga está se separando, e ela diz, com o olhar úmido do tom desfibrilado:

"quando escuto o suposto ladrão atrás 
da porta, escuto a sua respiração através 
da fechadura. esta respiração é a minha. 
mas o ladrão que eu não escuto é o mais temível".

Quase entendo. Mas não antes do sorriso doce da avó, que afaga e cumplicia "ô, anjinho. não-não, isso não é companhia."

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