segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Naquele dia, reli o que tinha escrito e me transformei por alguns instantes no leitor desconfiado que geralmente sou. Ser desconfiada nunca me tinha feito leitora de coisa minha. Sempre vi o meu como cheiro de pele própria, coisa de que não se sente o cheiro. Ou ainda: nunca como nessa releitura me senti tão estrangeira.


Que desagradável pode ser olhar-se de longe. 

Um comentário:

Victor Cavalcanti disse...

Eu não tinha visto isso.

Não gosto muito de ler minhas coisas, sempre penso que mudo muito rápido. É como se encarar no espelho, experiência que faço a muitos anos, olho nos meus olhos no espelho durante vários minutos e fico tentando advinhar: O que ele está pensando?