Osere sentia há três dias um vazio do tamanho do Deus.
E, sendo menina islandesa muito certa do que é a terra, sabia: isso é sinal de mau sono do vulcão.
Acontece é que, por lá, fala-se muito, em momento de educação primária, sobre dança tectônica, sobre núcleo da terra, sobre choque do magma em pedra; sobre etc um e sobre etc outro.
Mas Osere só condescendia, nas provas de colégio: no profundo, nada poderia ser mais sabido: ninguém entende terra por estar sobre ela, mas só e sempre quando sobre é por dentro.
Foi vazia, mas certa que Osere chegou, então, perto do poro do vulcão.
Pronto, pronto. Desta vez foi até rápido!
Foi Osere, finita e pequena, olhar bem fundo na íris do vulcão, e já estava bom e quente de novo o coração da imensidão.
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