segunda-feira, 10 de dezembro de 2012


Osere sentia há três dias um vazio do tamanho do Deus.
E, sendo menina islandesa muito certa do que é a terra, sabia: isso é sinal de mau sono do vulcão.

Acontece é que, por lá, fala-se muito, em momento de educação primária, sobre dança tectônica, sobre  núcleo da terra, sobre choque do magma em pedra; sobre etc um e sobre etc outro.

Mas Osere só condescendia, nas provas de colégio: no profundo, nada poderia ser mais sabido: ninguém entende terra por estar sobre ela, mas só e sempre quando sobre é por dentro

Foi vazia, mas certa que Osere chegou, então, perto do poro do vulcão.
Pronto, pronto. Desta vez foi até rápido!

Foi Osere, finita e pequena, olhar bem fundo na íris do vulcão, e já estava bom e quente de novo o coração da imensidão.

Nenhum comentário: