Andar. Dar um passo depois do outro.
Por muito tempo eu achei que andar fosse encontrar respostas.
Uma resposta, um passo.
Outra resposta, outro passo.
Só muito depois eu encontrei a santidade das perguntas.
Mas e daí?
E daí nada, quando a pergunta é só interrogação.
É verdade no vazio, emolduram, orgulhosos, os lógicos.
O mas vem, ao contrário, da pergunta que pergunta o mesmo.
E esta sempre foi,
no fundo,
experiência.
É aí.
É aí que a cena corta prum fim de dia pesado em inverno carioca dourado. ´
É aí que, quando o calcanhar levanta, ele alavanca, vai e vê.
É só aí que um bebê aprende a andar.
É só aí que, depois de toda a aporia de pensar ir pra frente e, no entanto, cair para trás;
o bebê encontra a santidade da alavanca: ir pra frente é o paradoxo de empurrar o mundo pra trás.
Por muito tempo eu achei que andar fosse encontrar respostas.
Uma resposta, um passo.
Outra resposta, outro passo.
Só muito depois eu encontrei a santidade das perguntas.
Mas e daí?
E daí nada, quando a pergunta é só interrogação.
É verdade no vazio, emolduram, orgulhosos, os lógicos.
O mas vem, ao contrário, da pergunta que pergunta o mesmo.
E esta sempre foi,
no fundo,
experiência.
É aí.
É aí que a cena corta prum fim de dia pesado em inverno carioca dourado. ´
É aí que, quando o calcanhar levanta, ele alavanca, vai e vê.
É só aí que um bebê aprende a andar.
É só aí que, depois de toda a aporia de pensar ir pra frente e, no entanto, cair para trás;
o bebê encontra a santidade da alavanca: ir pra frente é o paradoxo de empurrar o mundo pra trás.
7 comentários:
Vivid in your prime,
You will leave me behind,
You will leave me behind...
Estou sempre deixando algo para lá,
Algo sempre deixado à beira,
Tudo o que for valioso.
Pobre, livre de tudo,
Desperdiçar a fortuna
é o melhor que sei fazer.
A coisa é que, mesmo que a gente queira andar pra frente, é muitas vezes bonito andar em ziguezague.
É assim que a gente pode olhar de rabo de olho o mundo que já foi e, ao mesmo tempo, desejar com desejo de passo largo, um mundo que ainda não apareceu no horizonte.
ou então: quando a gente vê a tensão de vida entre o horizonte nascente e o horizonte poente, é aí que a gente vira o mundo: revolução constante.
Olho para trás e parece que foi outro quem andou por ali. Incômoda sensação de nem a si apreender.
Furada aquela tese de imunidade de erro de primeira pessoa.
Que tese é essa?
como é a tese?
Para não destruir (de vez) a poesia que vos inspira, deixo um link:
http://plato.stanford.edu/entries/self-knowledge/#1.2.2
Advertindo que é dos temas mais chatos...
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