quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

no escuro do quarto, algum silêncio. a rua está muda.

num de novo, volto ao mato.
por todos os poros ordem outra porejo,
e a verdade entoa ao então:
não-mais ver luz elétrica, ver só verão.

no então, realeza recolhe o confuso. confia e conforta.
anima e refia, e dá mama.
brilha aí beleza alheia, sem parede porque despórica,
sem caminho porque sem troca, só agora e agora outra vez.

natureza fruta, abunda, e nega labirinto,
o que é pró e epi negar a Métis.
"fundamental é que a vida continua", ela diz.
"mas alma esquece porque esquece", continua.
então fiat-constrói e, num de novo, alma se perde.

"é que natural é viver humanamente", rediz,
porque sabe pró e epi dizer ao humano.
mas de cima pra baixo, como é natural,
e complacentemente, como é divino.

2 comentários:

Anônimo disse...

Você tem aí um baú de coisas lindas.
Continue mostrando.

Na casca de limão disse...

Gosto sempre de antemão de quem me vê a casca. Mas gosto mais quando sei de quem é a casca que me fala.

[feliz novo 31-ritual!]