domingo, 21 de outubro de 2012


É que sexo é separação, disse o verbo latino seco; mas diria também eu, agora que já estou dizendo.
Separa porque diz você é um, e é nisso mesmo que une ao outro, outro um.

Separa porque encerra em quatro muros:
ao norte, aventurança a inventar; ao sul, memória envidraçada;
a leste, o espelho evadido; a oeste, reflexo e refletido.

Separa, então, por dom do tempo,
coisa que traz a memória de outro intervalo: o vão entre poema e poema.

Separa; então do então; por promessa.






[Gina Ruggeri]





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5 comentários:

Eliza Morenno disse...

Uauuu
Vou te copiar no meu

Anônimo disse...

Vamos agradecer ao jacaré!

Na casca de limão disse...

hahaha, devagar com a timé, jacaré!

se a casca for jukebox, ela o é para as Musas Piérias, do Helicon ou daquelas que são por aí.

Anônimo disse...

Minha hedoné, pegar no seu pé!

Anônimo disse...

Deliciosa perversão de trocar
palavras, não os humores
incomunicáveis à casca dura,
ao áspero couro.