sábado, 5 de janeiro de 2013

Basho atravessava o país para encontrar uma cachoeira.

Mesmo em Quioto, 
quando ouço o cuco, 
tenho saudades de Quioto,

respondia ele assim sempre que lhe entoavam um aonde vais?.

Imagino-o acordando ainda em casa,
preparando a viagem, comendo e se lavando, 
e tudo isto movido pelo desejo de ver Quioto, 
de onde, no entanto, ele ainda não havia saído.

É que a saudade de Quioto nunca teve realmente a ver com o fato de estar lá.

3 comentários:

Anônimo disse...

Sobre esse teu crônico emigrar/imigrar, saudade mal parada...

Ouça "One Way Trigger", Strokes (!!!)
read the lyrics...

Há algo aí (parece-me), embora longe do Japão.

Na casca de limão disse...

hum, você diz que a crônica comum entre essa dos strokes e a minha talvez malaise da saudade é que
as motivações que levam a gente a agir podem ser indiscriminadamente internas ou estrangeiras?

ou é ainda outra coisa? fala mais aí!

Anônimo disse...

Vc. só faz pergunta difícil!

As motivações são sempre externas (acho q o Bergson disse algo assim), mas o q fazemos delas não é nossa responsabilidade?

Achei incrível a música como um todo (dispensável falar bem dos Strokes), mas considero o impasse/confusão dos discursos (partir X ficar) sua parte mais deliciosa.