domingo, 29 de novembro de 2009

de si

[danés jens]


- Mas a inflecção da voz, o cheiro, a silhueta, tudo muda continuando igual quando a vontade ser é diferente.
- ...talvez a dor seja, finalmente, a única realidade.

6 comentários:

Rettiitter disse...

acho que a dor não é a - única - realidade; é o resultado da realidade - configuração da tentiva de apreensão do mundo -

Na casca de limão disse...

dessa dor que eu entendi que vc está falando, pode ser que não seja.

mas eu estou pensando na dor de precisar estabelecer identidade, que é muito mais radical e originária do que qualquer outra coisa.

a dor de estar no mundo sem manual de instruções e não poder não estar no mundo.

a tentativa de apreensão do mundo não é um fim em si mesma, é secundária porque vem da violência excruciante de não se saber quem é.

o que eu quis dizer é que, todos os dias, somos surpreendidos pela dor do parto. todos precisamos gestar e conceber.

gui lherme disse...

hmm..

Rettiitter disse...

Da tentativa de apreensão do mundo, tanto não é um fim em si mesma que se acumula e se reidentifica como realidade.

E sim, era dessa dor que eu falava; a dor dos minutos de busca do sentido. Duplamente entendido, se quiser.

A busca que não cessa; o cismar sozinha à noite: conceber, gestar e parir. A violência da apreensão, pensamento e comunicação/expressão.

Eliza Morenno disse...

uauuu acho que é por essas e outras que eu amo essa muléeee rsrsrsr to migrando sua explicação pro meu blog, se não gostar me fala que eu apago.

Eliza Morenno disse...

aheheeh é que vc não se identifica no seu blog, não que eu lembre,por isso pensei em não fazer isso já que vc não faz, mas já vou fazê-lo e quanto a referência peço licença poética, se é que existe nesse caso, pq me interessou mais o seu modo de pensar, do que o contexto em que estava inserido, no caso uma resposta para outro comentário.Mas se for muito importante pra vc eu coloco também. rsrsrs
Te gosto persona.